[CRÔNICA] Eu Te Espero




O dia já marca dezessete horas e meia ocorridas. Decido esperar um alguém que não sei se virá ao meu encontro.

A grande verdade é que o tempo é insano. Ele insiste em dizer: "Eu te dou tempo pra tudo"; controverso esse tempo, pois a espera é um tempo gasto esperando coisas que você poderia estar fazendo. será que há tempo certo para se esperar? Esperar até cansar? Esperamos nove meses porque somos obrigados por vias biológicas? Esperar pelo amado (a)? Quanto tempo o tempo reserva para a espera?

Uma coisa é certa quando vocês escolhe esperar, você reflete mais sobre as coisas. Vive experiências inesquecíveis porque elas simplesmente nunca foram programadas.

Esperar sozinho pode causar tédio se você espera algo sem valor ou apenas de valor burocrático. Por outro lado esperar sozinho pode enriquecer sua liberdade; enriquecer suas teses; transformar duvidas em certezas e o contrário também é válido.



Espera.



Eu lembrei de algo. O meu motivo. Escolher esperar alguém que você goste te faz repensar o que você sente por tal ilustre pessoa. Será que você escolheria esperar alguém tendo outras escolhas possíveis?

Há encontros que são marcados com antecedência, outros são frutos de espera. Longas ou Curtas, não importa. O que sinto é que escolher esperar não nos deixa baseados nas incertezas, nem muito menos nas negativas. Ela traz mais frutos e certezas do que andar apressado com a nossa falta de tempo inventada.

Escolher esperar alguém é poder dizer aos ouvidos dele (a) o quanto é importante está, olhar para ela, sorrir do jeito que faça o outro sorrir; abraçar simplesmente para dizer o que for.

Esperar tem riscos. Escolher arriscar-se é prova de algo.

Escrevo quando espero não só para passar o tempo, mas para não esquecer o porque de eu está esperando.

Hoje espero porque sinto mais do que conheço e por isso talvez almejo respostas, as quais talvez nem venham. Contudo, a simples tentativa pode ter significado, não pode?

Respostas?

Se encontrei?

Não, não foi dessa vez.

Mas, valeu a pena esperar.

Por Jônatas Amaral


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