“AmorTeAmo” é uma sequência de palavras juntas formando novas palavras, unindo palavras tão indistintas para formar um amontoado coeso. É uma série que simplesmente me tomou pela mão e me levou em menos de um dia por sua história. A viagem a qual deixei me levar me trouxe uma história de cheia de vida, ainda que delineada pelo tema da morte.
É uma história de horror e amor unindo uma cidade do Recife ali em meados dos anos 20. Ainda que se tenha um extremo pedaço de tom sobrenatural, o natural está muito presente em seus personagens. O engenho, a cultura, a corrupção e as suas consequências.
A obra tem lá sua influências marcantes e visíveis. A mais notável é a relação com a história de Tim Burton “A noiva cadáver”. O triangulo amoroso muito nos lembra daquela história tão sombria e esquisita do diretor, contudo de nenhuma forma se torna refém disto, é original na sua inspiração.
A história gira em torno da família de Gabriel (Jhonny Massaro), filho de um amor proibido da mãe Arlinda (Leticia Sabatella) com o mulherengo Chico. Arlinda era casada com Aragão (Arnaldo Antunes) e pegou os dois amantes no ato e vingou sua honra ali mesmo, e no leito de morte, também surgiu à vida. Aragão e Arlinda esconderam esse segredo durante muitos anos, contudo Gabriel acaba por se apaixonar por Lena (Ariana Botelho), filha da empregada que cresceu junto com ele. Por uma variedade de acontecimentos e descobertas o amor de Lena e Gabriel torna-se mais um dos desastres dessa família. Com a mãe se corroendo e definhando pela tristeza e falidos, Gabriel e Aragão cumprem um acordo com o um Issac, um judeu da cidade que quer porque quer casar a família Malvina (Marina Ruy Barbosa). O enlace dos dois acontece de forma estranha e confusa, pois ambos têm pela morte um apego apaixonado.



A série possui um ritmo frenético e constante, fato que em alguns momentos causa falhas no roteiro, principalmente no que tange a passagem de tempo. Por outro lado, o ritmo frenético permite que em cinco capítulos conte-se uma história cheia de reviravoltas e mortes de forma envolvente, de forma que você não consegue parar de assistir. Fico imaginando quando ela foi transmitida pela primeira vez, afinal a história era transmitida uma vez por semana apenas na Rede Globo.
Por fim, tenho uma felicidade imensa de conseguir ainda assistir este trabalho tão incrível, que além de me divertir trouxe a mim bagagem de conhecimentos únicos sobre a arte de se roteirizar uma história.
Um viva ao AmorTeAmo. Pois, uniu o amor e a morte, fazendo destes a poesia necessária para se construir uma história de arrepiante.
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AmorTeamo |
Por Jônatas Amaral
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