[Resenha] O Turista

“O Turista” (The Tourist, Sony Pictures, 2011) foi um filme elaborado para ser uma história de ação e suspense. Tudo nos leva a acreditar que será isso o que iremos encontrar, contudo o que vemos de fato é um filme que mais parece “comédia romântica”, com pitadas de ação e investigação.

Depp é Frank Taylor, um norte-americano que improvisa uma viagem pela Europa a fim de curar um coração partido. Tendo como cenário as românticas e excitantes cidades de Veneza e Paris, ele conhece a extraordinária e misteriosa Elise (Jolie), que, sempre elegante e bem vestida, cruza seu caminho e rapidamente o seduz. O que o turista nem imagina é que seus flertes brincalhões e divertidos podem levá-lo a uma perigosa rede de intrigas, crimes e perseguições, já que sua identidade é confundida com a de outro homem procurado por criminosos. O jogo se transforma em romance e o relacionamento entre os dois evolui na mesma velocidade em que eles se envolvem nessa teia mortal. 

O Filme é um remake do filme de 2005, Anthony Zimmer- A Caçada. 


O Roteiro não é o que chamamos de ideal, pois o mesmo é irregular, visto que, temos momentos que nos perguntamos: “afinal estou assistindo que tipo de filme?”, isso pode parece ser, às vezes legal, porém neste filme é algo que se não acontecesse poderíamos de ter um trabalho quase excelente, completo.

“O Turista” conta em seu elenco dois atores muito queridos pelo público: Johnny Depp e Angelina Jolie, o que com toda certeza deu grande visibilidade para a produção.

Angelina Jolie é A grande estrela do filme, rouba a cena diversas vezes, tem em mãos a melhor e mais bem construída personagem do filme. Elise é bonita, sensível, ousada, super inteligente; Até a reviravolta da personagem no meio do filme a torna mais interessante. Ela foi indicada ao Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz Comédia/Musical.

Já Johnny Depp atua bem, contudo é preciso que se diga que, ele atua bem um personagem muito, mais muito mal construído. Faz rir, é desengonçado como pede o personagem, mas Frank não convence o público, ainda mais no desfecho o que deixa algumas características do personagem incoerentes. Depp já conseguiu mostrar que sabe transformar um personagem ruim/chato, em algo interessante. Aqui não tem um bom êxito, talvez pelo roteiro, pois talento ele tem.

Os personagens como um todo são bem caricatos, exceto Elise (Angelina Jolie), o que nos leva ainda mais perceber que é um filme para fazer rir, a trilha sonora favorece o riso, muitos dos diálogos, as situações nos levam a rir.

A direção de arte é um trunfo do filme, a escolha por Paris e Veneza deu um tom sofisticado, romântico e engraçado à produção. Os figurinos de Elise são obras primas. 


Para resolver, “bater o martelo” e definir que esta produção pode ser considerada um filme de “Comédia Romântica”: o filme foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme na categoria Comédia/Musical.

“O Turista” poderia ser um filme muito melhor se o roteiro fosse melhor construído. Talvez se estivesse na categoria “Ação/Suspense”. O próprio filme nos traz um breve diálogo que ilustra esse argumento:

Elise: [...] E é essa cara que você escolhe?
Frank: Acho que vai Servir.

Poderíamos ter um filme de ação/suspense muito bom, mas se escolheu fazer rir e colocar um pouco de ação nisso, e algo que serve e serve muito para divertir. É um filme “Sessão da Tarde” puramente para entreter.

Aconselho o filme para aquelas reuniões de amigos, um “cinema em casa”, com muita pipoca, com o único intuito de rir e divertir, “O turista” é um prato cheio.


Por Jônatas Amaral

Comentários

  1. Resenha sobre filme turista esta boa :D inclusive isto que você citou sobre o suspense e O romance :D

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  2. A unica parte que eu nao entendi do filme foi que o final, o Deep e o marido da Angelina Jolie '-' aquilo nao fez sentido pra mim, depois aquele homem branco la falou que foi ele que conseguiu o dinheiro '-' e a comida e uma passagem, sendo que o filme inteiro...
    Enfim kkk, a ultima parte foi engracada porqur no final quem era o marido dela era o Deep e a ultima parte da fala da Jolie foi mesmo engracada, mas esse filme bugou a minha cabeca nessa parte '-'

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  3. Parece um plagpl da série "Se houver amanhã" de Sidney Sheldon. Ao longo do filme tive a impressão de ver Tracy Whitney fugindo da Interpol depois de um de seus roubos miraculosos. A cena do trem, asabolsas, o barco em Veneza, tudo me fez lembrar das histórias de Tracy Whitney e seu amado Jeff Stivens.

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