[CRÍTICA] "Menos Que Nada" : Um Acerto do Cinema Nacional


Sinopse:No drama nacional Menos que Nada, Felipe Kannenberg é Dante, um homem internado num hospital psiquiátrico com diagnóstico de esquizofrenia. Ele não fala com ninguém, nem recebe visitas, permanecendo indiferente ao mundo.
Isso até a jovem psiquiatra Dra. Paula (Branca Messina) se interessar mais profundamente pelo caso após ver Dante surtar no pátio do hospital. Disposta a desvendar as relações sociais do seu paciente, a médica faz uma série de entrevistas com pessoas que conviviam com ele antes do internamento, com o pai, a professora, uma amiga e um antigo amor

"Menos que Nada" é um filme baseado em um conto de Arthur Schnitzler, dirigido pelo gaúcho Carlos Gerbase e com um ótimo elenco. Mostra-se um filme interessante. Com erros e acertos "Menos que Nada" traz ao espectador uma história que mistura amor, suspense, loucura, manipulação da verdade, comportamento humano e arqueologia.


O Lançamento deste filme usou um esquema multiplataforma, o lançamento simultâneo em cinemas, televisão, internet e DVD. É uma ideia que ele já testou em 2007, quando fez "3 Efes" e o distribuiu da mesma forma.

Esse Longa tem tudo para tornar-se uma certa fonte ou referência para os estudantes de psicologia, psiquiatria, a até mesmo para atores que abordam esse tema - esquizofrenia - em seus trabalhos.

Felipe Kannenberg (Dante)

Felipe Kannenberg (Dante) é o grande destaque do elenco desse filme, interpretando um personagem esquizofrênico e sofrido chega a beirar a perfeição, tornando-se uma revelação do cinema nacional.

A Jovem médica Paula vivida por Branca Messina é um outro destaque, segura e firme em frente a câmera, fez uma atuação realista, mostrando as dificuldades da profissão da personagem, e o seu amor por tal profissão.

Branca Messina (Paula)

O Elenco ainda conta com boas atuações de Maria Manoela (Berenice) e Rosanne Mulholland (Drª Renê), a última que atualmente interpreta a adorável professora Helena de Carrossel, mostra aqui que não é, e nunca será atriz de um único personagem; Rosanne está sexy, intrigante e ambiciosa neste filme. Maria Manoela mostra-se insegura e isso que faz a sua atuação ser tão louvável, pois Berenice é uma personagem insegura e submissa, Maria transpõe para tela essas características de um forma muito interessante.

Rosanne Mulholland (Drª Renê)
 
Maria Manoella (Berenice

"Menos que nada" possui alguns pontos fracos no roteiro que deixa alguma lacunas que poderiam ser evitadas. As cenas de sexo são descartáveis, e algumas cenas poderiam ser melhor produzidas ou finalizadas.

Os cenários são bem construídos, e as belíssimas locações em Porto Alegre foram bem escolhidas.

Ao abordar a arqueologia como pano de fundo, o filme ser torna cada vez mais empolgante. O tema somado ao filme é um ponto positivo da produção. Faz o espectador ficar com os olhos grudados na tela.

O Longa-metragem passa várias mensagens bem construídas do inicio ao fim da exibição, por exemplo: Como as atitudes das pessoas interferem no comportamento humano, diz que tudo tem um porque, e que não ajudar é o pior remédio para um doente, para um ser humano, se temos a oportunidade e condições de fazermos algo, façamos; Talvez seja menos que nada, mas é o que temos*, então façamos, o que temos a perder?

"Menos que Nada" é intrigante, reflexivo, interessante. Merece se assistido e aproveitado ao máximo.

Por Jônatas Amaral


Assista ao Trailer:


*Frase retirada do filme "Menos que Nada"

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